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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Dicas

Para quem deseja ser rico no Brasil, sem nenhuma formação acadêmica, aposte na carreira política ou futebolística. No entanto, pra quem busca mesmo o comodismo, o famoso ganhar dinheiro fácil, sem nenhum esforço físico, o mais certo, é apostar na carreira política.
No Brasil, a área política é bastante concorrida e abrangente. Pra ser um bom político, necessário é cair na graça do povo. A batalha pra se chegar a um posto não é lá das mais ferrenhas, o que mais atrapalha é a oposição. Para derrotá-la, é preciso tocar na ferida do povo: a fome e falta de moradia. Como o Brasil é um subdesenvolvido, prometer acabar com a fome e falta de moradia é essencial. Distribua cestas básicas, prometa casas, comova a população com discursos. Conselho de amigo, todo esse esforço é compensável.
Mas, vamos ao ponto principal, falemos de salários. Nada, nada, você pode tirar livre dos cofres públicos, ou seja, do dinheiro depositado dos cidadãos, cem mil reais. Claro isto perante a lei é ilegal, mas não é um crime, crime é matar. A tática, é colocar na cabeça que você não esta roubando, não deixe jamais a consciência pesar. Toda vez que pegar algum dinheiro, pense: não estou roubando, apenas fazendo um pequeno desvio de verbas, para fins pessoais.
Caso o dinheiro não caiba nos bolsos, meias e cuecas é a solução: além de serem espaçosas por conta da elasticidade, é um lugar ideal, e com certeza será o ultimo lugar que os homens da lei olhariam, alias é preciso manter em privacidade sua intimidade.
No entanto, caso você seja descoberto, com certeza cairá nas mãos da mídia e a população ficara sabendo. Obviamente haverá revolta, espanto e comoção geral. Esteja preparado para as criticas, não apareça de imediato frente às câmeras, espere a poeira abaixar e depois, prepare um discurso bastante comovente, então apareça. Defenda-se com unhas e dentes, caso pergunte, para que fins era o dinheiro desviado, novamente toque na ferida do povo, diga conforme for a época do ano: se for natal, que eram pra panetones, se páscoa, chocolates para crianças... Afinal, comova a população.
Você será exonerado do cargo, conforme a gravidade de seu caso. Porém, não se preocupe. Nesse meio de tempo, faça caridade, limpe sua pele, e após quatro anos, candidate novamente. Digo pra você, poucos se lembrarão de seus maus feitos. Mas, para isso, novamente você terá de revisitar a eloqüência. Em seus discursos eleitorais, chore, fale bravamente, seja patriota! Sendo assim, sem duvida alguma, você terá novamente seu posto político e dinheiro na mão.
O mundo é dos espertos, meu amigo! Isso não é corrupção, alias no fritar dos ovos todos erram. E se isto for erro, quem nunca errou que atire a primeira pedra.


J.Ramos

Os manipulados

Fantoches. Meros fantoches nas mãos hábeis da manipulação. Somos diariamente manipulados, desde a compra de um produto no mercado, à escolha de um voto. Sem decisões próprias.
A mídia dita a moda, a nova tendência da estação. Então, cegamente vamos às lojas e compramos alem do limite, afinal, é dividido em ate 24 vezes, sem juros e sem nada de entrada. Os comerciais na TV, dizem qual refrigerante, produto de limpeza ou creme capilar é melhor. As novelas ditam os bordões, e que sim, menores de idade podem passar a noite na casa do namorado e não há problema. O mercado musical lança aos nossos ouvidos aquela musica terrível de se ouvir (e todos concordam que é terrível), no entanto, por ser campeã das paradas e estar em volume máximo no som dos carros da rua, cantamos em alto som, e como pessoas descontroladas, a dançamos. É a moda.
Enfim, de quatro em quatro anos, vem a política. As ruas se enchem dos sonoros “votem em mim”, “a mudança chegou!” “renovação!”. Nossas casas são invadidas pelas cansativas propagandas eleitorais. É cada proposta que se vê... Prometem até a roupa do corpo! Então, começa a escolha do voto. O vizinho sugere: “votem no sicrano, porque ele me deu uma cesta básica”, porém o outro ferozmente defende seu candidato:” não, de maneira alguma, vocês tem que votar no fulano, porque eleição passada ele me deu uma casa, e fiquei sabendo que vai diminuir a carga horária do trabalho e aumentar o salário” Mas, uma eventual ocasião, faz com que deparemos com o candidato Beltrano. E, Beltrano usando de palavras eloqüentes, nos comove, faz promessas, mostra o caos da cidade, do país, e mostra melhoras que ele pode fazer. Então decidimos: É em nesse sujeito  que devemos votar! Fazemos alarde, torcida, brigas em fim de tarde, tudo a defesa de Beltrano. Porém, um dia, o partido rival de Beltrano, coloca a mostra no horário reservado a propaganda eleitoral, um furo de Beltrano. E lá vamos nós, torcer pro time rival. Fantoches. Que fica de mão em mão... Manipulados.
Temos visões limitadas, e não conseguimos enxergar, que somos meros fantoches. A mídia só revela escândalos políticos, em ano eleitoral. As promessas de boa vida, só acontecem em ano eleitoral. É como disse sabiamente Rei Salomão, que nunca fartamos de cometer os mesmos erros. Sabemos que promessa de político é duvida. Que sempre usarão a eloqüência para nos comover. No entanto, pensamos que toda vez será diferente.
Brother. É hora de acordar, mano. Não se deixe levar pela ociosidade. Não espere de político, senão você passa fome... Acorda pra realidade, desliga essa TV, pega no trampo. Passou a política, o candidato eleito esquece seu rosto. Não seja mais um. Seja um. Diferente... É isso aí, diferente!
                                                                         

                                                                            J.Ramos

Negro sim, e daí?

 Segundo Aurélio, escravidão é falta de liberdade; sujeição, dependência, submissão, servidão e escravatura. Quando falamos de escravidão, logo pensamos em uma senzala, escravos submissos aos seus senhores, negros de torsos nu, suados, por causa do trabalho. Imaginamos também chibatadas. Negros de cócoras, sentindo a pele suada sendo rasgada pelos chicotes... Temos em mente  a escravidão da espoca de Quilombo dos Palmares, aquela, cuja liberdade era proibida aos negros, onde o serviço escravo feito por eles, era obrigatório. No entanto, não é necessário que um indivíduo esteja literalmente sendo escravo, para sentir-se escravo. A escravidão pode ser feita de varias formas. Desde que tire a liberdade de tal individuo, seja ela em qualquer aspecto, o mesmo já é um escravo, por sentir-se alienado.
Embora o Brasil viva a era da diversidade cultural e social ,da liberdade de expressão, ainda existem manifestações preconceituosas. O negro, por exemplo. Ao comparar o negro aos gays (lésbicas e homossexuais), percebe-se que o grupo gay teve uma evolução maior perante a sociedade. Hoje, já é possível o casamento civil e religioso de homossexuais e lésbicas em vários paises. Diante de uma eventual recusa da igreja a não realizar tal casamento, cabe processo jurídico contra a mesma e caso necessário, ate o fechamento da igreja, situação que vai contra a os preceitos bíblicos e a liberdade religiosa. Já o negro, não. Com muito custo, um negro torna-se líder dos EUA. Pelo fato da queda da bolsa de valores, Barack Obama se vê de frente com um pais quebrado financeiramente. Porem, certo dia em um telejornal, um jornalista comenta que opositores de obama declararam que a situação do país era deplorável, pois seu líder era negro.
No mercado de trabalho, é preconceito negar emprego á um homossexual, no entanto, o negro tem que provar sua competência para ter pelo ao menos o cargo de faxineiro. Negro rico, é desconfiável, alias de onde veio essa riqueza? Negro pobre pode apostar, é tarado ou criminoso. Ate aonde vai o preconceito humano? Por certo não crêem que alem da cor da pele, existem seres humanos que merecem a liberdade sonhada há séculos, que mesmo após a abolição da escravatura, permanecem escravos.
O negro não quer ser lembrado somente no dia 20 de novembro. Muito menos, colocar em seu currículo ou provas de concurso, que é negro. Ora, negro sim, e dai? Ou sendo negro, ele se torna uma espécie diferente?
Liberdade. Isso é tudo. É entrar na grife de luxo e comprar o que quiser, sem ser esnobado, chamado de pobre por conta da cor pele. É ter a chance de ser faxineiro, mas também o dono, diretor de uma grande empresa. É ser reconhecido, por seus feitos como qualquer outro cidadão, Sendo punido e aplaudido no momento certo. Liberdade é não enxergar a diferença entre o branco e o negro. Vivendo como arroz e feijão, um precisando do outro. Não é necessário fazer manifesto, parar avenidas inteiras na busca da conscientização. Se o´q´da questão é a igualdade social, basta encher o peito, ir a luta com a cara e a coragem, na busca de tão sonhada liberdade. Afinal, negro é negro sim, e daí?


                                                                              J.Ramos