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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Negro sim, e daí?

 Segundo Aurélio, escravidão é falta de liberdade; sujeição, dependência, submissão, servidão e escravatura. Quando falamos de escravidão, logo pensamos em uma senzala, escravos submissos aos seus senhores, negros de torsos nu, suados, por causa do trabalho. Imaginamos também chibatadas. Negros de cócoras, sentindo a pele suada sendo rasgada pelos chicotes... Temos em mente  a escravidão da espoca de Quilombo dos Palmares, aquela, cuja liberdade era proibida aos negros, onde o serviço escravo feito por eles, era obrigatório. No entanto, não é necessário que um indivíduo esteja literalmente sendo escravo, para sentir-se escravo. A escravidão pode ser feita de varias formas. Desde que tire a liberdade de tal individuo, seja ela em qualquer aspecto, o mesmo já é um escravo, por sentir-se alienado.
Embora o Brasil viva a era da diversidade cultural e social ,da liberdade de expressão, ainda existem manifestações preconceituosas. O negro, por exemplo. Ao comparar o negro aos gays (lésbicas e homossexuais), percebe-se que o grupo gay teve uma evolução maior perante a sociedade. Hoje, já é possível o casamento civil e religioso de homossexuais e lésbicas em vários paises. Diante de uma eventual recusa da igreja a não realizar tal casamento, cabe processo jurídico contra a mesma e caso necessário, ate o fechamento da igreja, situação que vai contra a os preceitos bíblicos e a liberdade religiosa. Já o negro, não. Com muito custo, um negro torna-se líder dos EUA. Pelo fato da queda da bolsa de valores, Barack Obama se vê de frente com um pais quebrado financeiramente. Porem, certo dia em um telejornal, um jornalista comenta que opositores de obama declararam que a situação do país era deplorável, pois seu líder era negro.
No mercado de trabalho, é preconceito negar emprego á um homossexual, no entanto, o negro tem que provar sua competência para ter pelo ao menos o cargo de faxineiro. Negro rico, é desconfiável, alias de onde veio essa riqueza? Negro pobre pode apostar, é tarado ou criminoso. Ate aonde vai o preconceito humano? Por certo não crêem que alem da cor da pele, existem seres humanos que merecem a liberdade sonhada há séculos, que mesmo após a abolição da escravatura, permanecem escravos.
O negro não quer ser lembrado somente no dia 20 de novembro. Muito menos, colocar em seu currículo ou provas de concurso, que é negro. Ora, negro sim, e dai? Ou sendo negro, ele se torna uma espécie diferente?
Liberdade. Isso é tudo. É entrar na grife de luxo e comprar o que quiser, sem ser esnobado, chamado de pobre por conta da cor pele. É ter a chance de ser faxineiro, mas também o dono, diretor de uma grande empresa. É ser reconhecido, por seus feitos como qualquer outro cidadão, Sendo punido e aplaudido no momento certo. Liberdade é não enxergar a diferença entre o branco e o negro. Vivendo como arroz e feijão, um precisando do outro. Não é necessário fazer manifesto, parar avenidas inteiras na busca da conscientização. Se o´q´da questão é a igualdade social, basta encher o peito, ir a luta com a cara e a coragem, na busca de tão sonhada liberdade. Afinal, negro é negro sim, e daí?


                                                                              J.Ramos

                                                           

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